2 de marzo de 2008

Cinema

O filme “Tropa de Elite” levou o Urso de Ouro no último Festival de Berlim. Parte da imprensa estrangeira (por ignorância, creio eu) criticou o filme, chamando-o de fascista. A película também não apareceu no Oscar; o Brasil optou por outro representante, de menor expressão. Fica a idéia de que não quiseram expor as vísceras e mazelas do país. Uma pena!
É claro que o cinema pode trilhar caminhos que não os da realidade. A ficção e os sentimentos conduzem a temas muito interessantes, mas a violência urbana é nossa miséria mais cruel: realidade nua.
Atualmente, esse cenário ocupa corações e mentes: milhões de brasileiros lotaram as salas de projeção, foi um sucesso de bilheteria. E as autoridades competentes - ao renegar o filme de José Padilha - reagiram como avestruzes, que enfiam a cabeça na areia com a ilusão de se esconder do mundo. Desta forma , boicotaram uma “verdade inconveniente”.
Mas Padilha não queria falar de flores. A guerra entre policia e traficantes faz parte do cotidiano do país. E - no meio do fogo cruzado - está a população, que é espectadora e coadjuvante da tragédia social.
“Tropa de Elite” é a voz da nossa realidade. Possui uma primorosa fotografia, mereceu o prêmio! Vale a pena conferir!

Lu. Brasil

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